quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Interpretação (Hermenêutica) Instauradora




Hermenêuticas Arqueológicas X Hermenêutica Instauradoras

“Hermenêuticas arqueológicas são aquelas que enfatizam o que é anterior, o que é passado em relação a um determinado símbolo, a um texto, ou a um conjunto de símbolos que vão sendo interpretados. Um exemplo bastante típico da hermenêutica arqueológica seria a psicanálise, pois ela vê num sonho, num escrito, na linguagem, na narração de um paciente, símbolos que são resultados – sintomas - de uma história anterior.”

“Hermenêuticas instauradoras seriam aquelas que têm uma ênfase, ou direção, inversa: elas pegam esse determinado texto, isto é, um conjunto de símbolos, e vêem isso não como um ponto final, ponto de chegada, mas como um ponto de partida. Ou seja, a hermenêutica propõe-se como um agenciamento de futuro, ao invés de uma fixação no passado.”

“Numa, interessa esse desvendamento analítico de um passado que gerou uma produção, na outra, interessa o que essa produção agencia em termos de prosseguimento, em termos de futuro, como uma espécie de programa inconsciente, esboçado naqueles símbolos. [....] não é tanto uma hermenêutica que procura analisar essa literatura [produção] como se fosse uma espécie de fato último, mas sim como um ponto de partida a partir do qual ele próprio, o intérprete, pode continuar a criar outra vida, outro mundo.”

REGO, Nelson. Geração de Ambiência: três conceitos articuladores. Em: Da percepção e Cognição à Representação: Reconstruções teóricas da geografia cultural e humanística. Orgs: Salete kozel, Josué da Costa Silva e Sylvio Fausto Gil Filho – São Paulo: Terceira Margem: Curitiba: NEER, 2007.

Meu objetivo ao criar esse quadro é propiciar uma grande oportunidade para que quem o veja realize uma hermenêutica instauradora. Não me dou o trabalho de interpretá-lo, me abstenho, como autor, de tecer qualquer comentário sobre minhas intenções ao criá-lo, além da recém mencionada, despertar muitas outras idéias para quem o veja.

Interpretar é viajar, viajar para o futuro, continuar criando em cima da criação. A criação primeira, o quadro em si, é apenas um trampolim para tantas outras criações possíveis. Assim, o objetivo do autor será aqui alcançado não quando os observadores tentarem identificar o sujeito artista, suas intenções, percepções, sentimentos, história de vida, mas sim quando houver novos esforços de criações, idéias, imaginações...novas viagens.

domingo, 24 de outubro de 2010

COLETIVO Árvore

Riscos y tintas no es apenas riscos y tintas
riscos y tintas es también formas 3d
riscos corre riscos
muchos riscos de perderse en la libertad
la peligrosa libertad de la creación
que no tiene límite
ni reglas
que todo puede
y que todo debe
y que más es más
lo importante es hacer
no hacer bien
hagamoslo


Premissas do Coletivo Árvore