quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Ota & Vó Zuzuca viajando no ônibus do Expressionismo Abstrato – nem tão Abstrato assim



“Quanto mais beleza imprimir-lhe o artista, mais a obra será preciosa; mas há, na vida ordinária, na metamorfose cotidiana das coisas exteriores, um movimento rápido que exige do artista igual velocidade de execução”
Não há mais tempo para pintar...mas o belo ainda urge...o belo veloz, o belo movimento, o belo cor pura, quando da mistura perde-se o natural, perde-se o sentimento original de criança que gosta do laranja e do vermelho, e despreza a pergunta: mas que cor é essa? Pinta-se rápido e veloz, a tinta corre como Bolt, resiste e permanece em sua velocidade como Marílson dos Santos.
“Tudo que é belo e nobre é o resultado da razão e do cálculo [ele é poeta ou físico?]. O crime, cujo gosto o animal humano adquiriu no centre de sua mãe, é de origem natural [quem vc assassinou?]. A virtude, ao contrário, é artificial, sobrenatural, pois fora necessários, em todos os tempos e todas as nações, deuses e profetas para ensiná-la à humanidade animalizada[Baudelaire é feito de plástico; sufoca e embeleza] ; virtude que o homem, sozinho, fora incapaz de descobrir [decida-se, venere os homens ou os deuses!].
O mal faz-se sem esforço, naturalmente, e por fatalidade [ou o planeja-se]; o bem é sempre produto de uma arte [vc ñ é tão burro quanto parece]. Tudo quanto digo a respeito de uma natureza, como má conselheira em matéria de moral, e da razão [não escute o vento], como verdadeiramente redentora e reformadora, pode ser transposto para a ordem do belo [se utilizar-se das cores puras]. Sou, assim, levado a ver os adereços como uma das marcas da nobreza primitiva da alma humana [maquiem-se, sejam Reis e Feras].”

“A mulher [e os gays] tem todo o direito de se dedicar a parecer mágica e sobrenatural, o que constitui, inclusive, o cumprimento de uma espécie de dever [seria ele machista? Ou eu feminista? Gayista?]; é preciso que ela surpreenda, que ela cative [só elas]; ídolo, ela deve dourar-se para ser adorada [ouro, prata, cobre e chumbo são aceitáveis aos olhos, e aos bailes de sociedade, pois não são misturas]. Deve, pois, tomar de empréstimos de todas as artes os meios que lhe permitam pairar acima da natureza para melhor subjugar os corações e impressionar os espíritos [dos homens. Teriam as mulheres espíritos?]”
Com Baudelaire, a beleza desceu o Olimpo dos deuses e passou a habitar o território trivial do cotidiano e do corpo precário dos mortais.
Charles Baudelaire em O Pintor da Vida Moderna, comentado por Ota

Um comentário:

Anônimo disse...

muito bom. você tmb.